O ciúme, o receio de deixar, o medo de ser deixado são as dores inseparáveis do declínio do amor.
Não deveríamos ser ciumentos nem quando houvesse motivo para o ser. Somente quem evita provocar ciúme é digno de o merecer.
O ciúme nasce sempre com o amor, mas nem sempre morre com ele.
O ciumento sempre espiona, sempre duvida, sempre sofre; indaga do passado, do presente, do futuro; nas carícias busca a mentira; no beijo procura a indiferença; no amor teme a hipocrisia.
Os ciumentos sempre olham para tudo com óculos de aumento, os quais engrandecem as coisas pequenas, agigantam os anões e fazem com que as suspeitas pareçam verdades.
De todas as enfermidades que acometem o espírito, o ciúme é aquela a qual tudo serve de alimento e nada serve de remédio.
Para o ciumento, é verdade a mentira que ele vê.
Que vida de inferno é a vida do ciumento! Antes não amar do que amar desse modo.
O ciúme é o pior dos monstros criados pela imaginação.